Parauapebas foi palco de uma série de manifestações na manhã desta última segunda-feira, 25. Os protestos aconteceram por causa do assassinato do sindicalista e coordenador de núcleo do Sindicato do Transporte Rodoviário do Sul e Sudeste do Pará (Sintrarsul) em Parauapebas, José Alves do Rêgo, o Zezinho, de 35 anos. Zezinho foi encontrado morto dentro do porta-malas do carro que dirigia, no município de Ourilândia do Norte, no último dia 18.
As 4 horas da madrugada, os manifestantes, sendo estes: sindicalistas, advogados, vereadores e população em geral, impediram o tráfego na portaria que dá acesso a Serra dos Carajás e em seguida foram para a Câmara Municipal de Vereadores, onde no local distribuíram panfletos expondo a indignação dos sindicalistas sobre a onda de violência que impera nessa região. Logo depois, os manifestantes percorreram várias ruas da cidade, concluindo o ato em frente ao fórum.
O sindicato, que representa os trabalhadores da mineração, está oferecendo 20 mil reais pela “cabeça” do assassino de Zezinho. “Se estão pagando para matar, nos vamos pagar para prender”, esclarece Macarrão expondo que esse caso será desvendado.
Ao fim do protesto, os manifestantes fecharam o fórum do município para chamar atenção das autoridades em relação à falta de juízes e promotores na cidade. Na ocasião, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Jakson de Sousa, afirmou que o movimento é em prol da comunidade e do judicionado, visto que atualmente, a ausência de juízes tem prejudicado os processos que tramitam no município. “Estamos com três varas e, somente, com um juiz substituto para atuar. Carecemos de, pelo menos, dois juízes. É importante ressaltar que apenas um promotor, sendo este do município de São Domingos do Araguaia, é que está responde por Parauapebas”.
Os processos, segundo o presidente da OAB, estão muito lentos. O fechamento do fórum se estendeu até o horário do almoço por volta das 12 horas. Os manifestantes enfatizaram, durante o ato, que o protesto foi só um alerta às autoridades, “se nada for resolvido, vamos fechar o fórum definitivamente”, conclui Jakson.
O funcionário do fórum, identificado como Clebeilson, afirmou que a juíza e o promotor estão em Marabá, no Centro de Recuperação Mariano Antunes, realizando audiências com presos. Sobre a lentidão nos processos, o funcionário preferiu não comentar.
Texto: Jéssica Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário