terça-feira, 13 de novembro de 2007

Trilha dos sentidos


Com a presença de cerca de 300 pessoas, o Parque Zoobotânico de Carajás realizou no último domingo, dia 11, o evento “Trilha dos Sentidos”, através do Projeto “Conhecer para Preservar”. Durante a trilha ecológica diferente, o visitante era convidado a, de olhos vendados, testar os quatro sentidos: olfato, tato, paladar e audição, redescobrindo os cheiros, os sabores, os sons e texturas da Floresta Amazônica.
De acordo com o analista de Relações com Comunidades, da CVRD, João Elias, o objetivo do projeto é fazer com que as pessoas sintam a floresta, percebam as flores, as árvores e os animais. “Aqui em Carajás temos a possibilidade de sentir tudo isso. E a trilha ajuda na percepção dessa diversidade como parte da vida das pessoas. Não adianta querer apenas preservar, é preciso conhecer”, afirma João Elias.

A “Trilha dos Sentidos”, que conta com a parceria do Museu Emilio Goeldi e Vale, teve ainda apoio com a participação de alunos e professores da Escola Municipal Carlos Drumonnd de Andrade. “Essa parceria tem nos ajudado muito em nosso desempenho profissional, pois nos aprimora, e também aos alunos, porque traz para o nosso dia-a-dia, uma maior integração entre meio ambiente, sociedade e cultura, contribuindo com o desempenho escolar de Parauapebas”, comemora a professora de Educação Artística, Simone Menezes.

Para Raimundo Pereira, aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA), participar do projeto tem um valor especial. “Eu não acreditei que brincando eu poderia aprender. É muito bom participar desse projeto. Foi através do resgate de brincadeiras infantis, que percebi como é importante conhecer o meio ambiente. Tenho 65 anos, comecei como aluno e agora sou voluntário. Vou passar para todos como é bom viver essa experiência”, disse.

Com essa iniciativa, a CVRD pretende conscientizar as pessoas do município de Parauapebas, mostrando através dessas atividades que preservar a Floresta Nacional é um compromisso de todos. E que através do conhecimento é mais fácil respeitar o meio ambiente.
O chefe do IBAMA, Fabiano Gumier falou sobre o projeto. “Acho muito boa essa iniciativa. É uma forma das pessoas conhecerem melhor o ambiente em que vivem. O projeto contribui na sensibilização, que é o primeiro passo para outras discussões”, comentou.

Engajados com a preservação

O “Conhecer para Preservar”, completou 12 meses em agosto deste ano, e é desenvolvido através de uma série de atividades voltadas para a educação ambiental, que acontecem de forma lúdica, tais como: peças teatrais, oficinas de arte, ciências e jogos educativos. Em cada ação, os participantes são incentivados a conhecer melhor a Amazônia. Estimulando o envolvimento efetivo para que a preservação do meio não seja uma batalha, mas uma ação prazerosa de cidadania.

Cartilha

O Museu Paraense Emílio Goeldi está localizado em Belém, capital do Estado. Desde sua fundação, em 1866, suas atividades são dirigidas ao estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, inclusive na divulgação dos conhecimentos e acervos relacionados à região.

A parceria entre o Museu e a Vale, que teve início na década de oitenta, irá se reafirmar por meio de uma cartilha com todos os estudos científicos realizados pelo Museu, na Serra dos Carajás. A intenção é distribuí-la nas escolas. “A cartilha terá uma linguagem específica para o público e a idéia é divulgá-la nas escolas da região de Carajás para servir como suporte educativo”, explica a educadora do Museu Emílio Goeldi Hilma Guedes.

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