terça-feira, 27 de novembro de 2007

Senador denuncia assédio de assessor do Planalto para votar CPMF

Denúncia foi feita em plenário por Geraldo Mesquita (PMDB-AC).

ROBERTO MALTCHIK
TIAGO PARIZ
Do G1, em Brasília


O senador Geraldo Mesquita Junior (PMDB-AC) denunciou nesta terça-feira (27) o suposto assédio do sub-chefe de assuntos parlamentares do Ministério de Relações Institucionais, Marcos Lima, para que emendas ao orçamento de sua autoria fossem executadas em troca do voto favorável à aprovação da CPMF.

"Considero altamente suspeito que venham tratar de questões como esta nesse momento", disse o senador, após denunciar a suposta tentativa de cooptação, em discurso no plenário.

Marcos Lima tem a função de tratar dos interesses dos parlamentares junto ao governo, ou seja, emendas ao orçamento da União. Na votação da proposta de prorrogação da CPMF na Câmara, Lima freqüentava o plenário, causando protestos da oposição.

Geraldo Mesquita afirmou que foi informado sobre o "assédio" pelo próprio chefe de gabinete. "Ele me disse que tinha um homem do governo querendo falar sobre emendas", disse.

Corregedoria

Lima também freqüenta outros gabinetes no Senado e conversa com parlamentares interessados na liberação de emendas ao orçamento. Senadores admitem que as visitas do emissário palaciano se tornaram mais freqüentes neste período em que o governo negocia a aprovação da CPMF.

Geraldo Mesquita, inclusive, se colocou à disposição do corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), para renovar a denúncia. "É um insulto. Jamais tratei deste tipo de assunto em cinco anos. É uma tentativa de nos desmoralizar", afirmou.

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