quarta-feira, 11 de julho de 2007

CVRD consegue financiamento de R$ 774,6 milhões

Ontem, o BNDES anunciou a aprovação de um empréstimo de R$ 774,6 milhões para expansão de capacidade da Estrada de Ferro Carajás (EFC). Com status de “investment grade” - empresas classificadas internacionalmente como risco quase zero para o investidor, a Vale há anos não recorria ao banco estatal de fomento, dando preferência à captação de recursos no exterior.

A Vale não quis comentar a operação.

Na avaliação do BNDES, o aumento do volume transportado “significará o início de um novo ciclo de crescimento da CVRD e exigirá importante volume de investimentos, não só em infra-estrutura e superestrutura da EFC, como, também, no Porto da Madeira, por onde é exportada a produção de minério da região de Carajás.”

A ferrovia de Carajás terá sua capacidade ampliada de 70 milhões para 103 milhões de toneladas transportadas por ano. O empréstimo do banco representa 57% do total de investimentos da mineradora na estrada de ferro, que é de R$ 1,4 bilhão.

Segundo o gerente do departamento de logística do BNDES, Antonio Tovar, hoje a infra-estrutura de transporte é uma das prioridades do banco.

Segundo Tovar, no caso específico da Vale, a expansão da capacidade de transporte da EFC terá impacto positivo na balança comercial do País, já que haverá aumento das exportações de minério de ferro.

A expansão está diretamente relacionada ao aumento da capacidade de produção de minério na região de Carajás. Os investimentos serão realizados em sinalização das linhas, ampliação e construção de pátios de cruzamentos, oficinas, ampliação de terminais ferroviários e aquisição de novas locomotivas e vagões.

Inaugurada em 1985, com o propósito de escoar a produção de minério de ferro de Carajás, a EFC é uma das ferrovia mais modernas e produtivas do Brasil. Tem 892 quilômetros de extensão e passa por 22 municípios - 19 no Maranhão e 3 no Pará, Bom Jesus do Tocantins, Marabá e Parauapebas, onde fica localizado a mina de ferro Carajás, Transporta também 1,5 mil passageiros a cada 48 horas.

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