sexta-feira, 11 de maio de 2007

Gravidade de crimes é complicador

O que complica a situação de Chico Ferreira é a gravidade dos crimes que cometeu. A tendência é que ele e outros envolvidos nos assassinatos dos irmãos Novelino sejam denunciados por latrocínio - roubo seguido de morte -, para o qual a pena prevista na legislação é altíssima: 30 anos de reclusão. Além disso, trata-se de crime hediondo e qualificado. E, o que é pior, em dose dupla. Mas, mesmo que o enquadramento decidido pelo MPE seja por homicídio, ainda assim as penas serão duríssimas, tendo em vista as circunstâncias que cercaram as duas mortes.

Ontem, o promotor Gilberto Valente, que atua provisoriamente no caso, confirmou a probabilidade de denúncia dos acusados até o final deste mês, mesmo que o caso venha a ser redistribuído. É que o inquérito policial será remetido a um dos quatro promotores que atuam junto ao júri popular: Miguel Bahia, Paulo Godinho, Édson Cardoso e Rosana Cordovil. Mas, se o entendimento deles for no sentido de que o caso não envolve apenas homicídio, mas sim latrocínio, ou seja, crime, também, contra o patrimônio, o processo será redistribuído a um dos 20 promotores que atuam junto no Juízo Singular. (A.C.P)

Polícia vai indiciar por latrocínio

A Polícia do Pará vai indiciar por latrocínio o empresário João Batista Bastos, o Chico Ferreira, preso e acusado de mandar matar os empresários e irmãos Ubiraci e Uraquitan Novelino, a quem devia mais de R$ 4 milhões. A notícia foi antecipada pelo DIÁRIO no último domingo.

“Esse caso, que chocou a sociedade paraense pelo requinte de crueldade com que foi perpetrado, está solucionado. Só falta prender o homem que ajudou Cardias a matar os dois irmãos”, disse o delegado-geral adjunto, Justiniano Alves. Ele informou que as relações de negócios entre Chico Ferreira e outras pessoas, além dos Novelino, está sendo investigada.

Em novembro do ano passado, Ferreira foi preso pela Polícia Federal juntamente com o empresário Marcelo Gabriel, filho do ex-governador Almir Gabriel. Os dois e outras pessoas presas durante a operação Rêmora são acusados de fraudes contra o INSS. Entre os negócios de Ferreira estaria a venda de uma fazenda de gado ao técnico Vanderlei Luxemburgo, do Santos. A fazenda fica em Tucuruí. (AE)

Ana Célia Pinheiro

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