segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Políticos criticam os últimos doze anos de abandono do EstadoOs discursos que antecederam a eleição da nova diretoria da Amat, criticaram os 12 anos de governo tucano, nas figuras dos ex-governadores Almir Gabriel (oito anos) e Simão Jatene, e o esquecimento a que foram relegadas as regiões Sul e Sudeste do Pará. Dentro desse tema, foi reaberta novamente a discussão em torno da criação do Estado de Carajás.

O vice-governador, porém, a despeito de ter liderado durante 22 anos a campanha pela criação do Estado do Tapajós, evitou lançar lenha na fogueira, observando que a governadora Ana Júlia está procurando integrar as regiões, resgatando a dívida social contraída nesse tempo todo.
O prefeito de Nova Ipixuna, José Pereira, o Zezão (PT), destacou que a presença de Odair Correa à eleição da Amat era a prova mais evidente de que o governo chefiado por Ana Júlia Carepa será diferente, estará voltado para todas as regiões do Pará, não apenas para a capital, como ocorreu nos últimos 12 anos. “Nunca fui recebido nem por secretário, quanto mais por governador ou vice-governador”. Ele também elogiou a união dos prefeitos da Amat.

Asdrúbal cobra soluções

O deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB), reeleito com 42 mil votos só de Marabá, aproveitou a reunião dos prefeitos da Amat e a presença do vice-governador, Odair Corrêa, a Marabá, para pregar a união de todos em prol do desenvolvimento do sul e sudeste. Mas, para ele, nenhum município vai se desenvolver sem que alguns problemas, como a regularização fundiária, sejam resolvidos.
Asdrúbal lembrou que há 21 anos o Incra não faz nenhuma regularização de terra, o que impede o acesso ao crédito, por parte dos assentados. Ele também criticou a maneira como o governo conduz a questão ambiental, impondo uma reserva legal de 80% para as reflorestadoras, enquanto no vizinho Estado do Tocantins, as empresas podem explorar 65% da área reflorestada.
Fundo de Desenvolvimento

O deputado Asdrúbal Bentes também apelou ao governo do Estado para envide esforços no sentido de o Fundo Rural de Desenvolvimento da Companhia Vale do Rio Doce seja utilizado em benefício dos municípios sob a influência da empresa, como já acontece em Minas Gerais e Espírito Santo. “Só assim, a companhia poderá resgatar parte da enorme dívida social que tem para com nosso povo”, advertiu.

Segundo Asdrúbal, o empresariado do sul e sudeste está omisso em relação à criação do Estado de Carajás. Ele convocou a categoria a acompanhar a reunião da bancada federal do Sul e Sudeste, que se realizará nesta quarta-feira, em Brasília.

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