Bom negócio
Da Coluna de Arnaldo Jabor
Jabor comenta a decisão do TSE de mudar os critérios para a distribuição de recursos do Fundo Partidário.
Qualquer país normal tem dois ou três partidos.
Como diz o Lula, o ser humano é ou conservador ou liberal – como foi no Brasil imperial, a nossa abençoada origem parlamentar, que está sendo degradada pela recente desqualificação do Legislativo.
Estamos assistindo à derrota de todas as tentativas de melhorar esse pais: depois da eleição para presidente da Câmara, com a volta de todos os males condenados, agora temos essa decisão. Parece que o poder Judiciário tem o prazer sádico de contrariar o óbvio, a vontade popular e o bom senso.
Acabaram com a cláusula de barreira, e agora vão legitimar o partido de balcão, que são meros nichos ou lojinhas de oportunistas para alugá-lo, para refugiar infiéis, para descolar eventuais mensalões.
Não há ideologia entre eles – como, aliás, entre os grandes também. Se tirarmos os petistas e comunas que diferença há entre PTB ou PP? Ou PFL e PMDB, depois que o PSDB virou uma geléia?
Os partidinhos agora vão virar um bom negócio. Eu acho que vou abrir um partido nanico: chamo uns amigos de chope, uns jogadores de sinuca, e vamos todos pra Brasília.
Só falta um nome que expresse a nossa indignação.
Talvez PQP. Que acham?
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